quarta-feira, 9 de novembro de 2011

continuação

Depois da minha mãe falecer fiquei a viver sozinha com o meu pai e a minha irmã, fiquei a fazer de mãe da minha irmã. Ia para a escola tomava conta da casa e da minha mana que tinha 4 anos desde os 13 anos aprendi a ser mãe mulher e dona de casa. Escusado será dizer que sofri imenso ñem consigo descrever o tamanho da dor que ainda hoje sinto, mas na altura pensei elouquecer, mas tinha o apoio das minhas queridas amigas que tanto amo. Para mim ficar a viver com o meu pai não foi muito fácil pois eu não tinha grande ligação com ele pois ele batia na minha mãe que sempre foi a pessoa mais importante para mim. Mas tinha a minha avó paterna a minha querida avozinha que tanto amo a minha segunda mãe e confidente, onde estás sei que estás a olhar por mim, amo-te muito avó!!! A minha mãe faleceu em setembro e as coisas na escola começaram a correr mal para mim estava com 4 negativas e sem cabeça e sem tempo para estudar então o meu pai falou com uma assistente social e sem eu saber tinha me transferido para uma outra escola e tinha me entregue a uma familia de acolhimento a mim e a minha irmã, mais uma facada no coração mais um sofrimento indiscritivel, fui em fevereiro a chorar baba e ranho mas tive de ir eu e a minha irmã.
Mal sabia o que me esperava era uma familia de 4 elementos a mulher o marido uma velhota que era tia do senhor e o neto da senhora, quando cheguei a primeira coisa que ela me fez foi deitar toda a minha roupa fora e a partir dali eu andava vestida como ela queria, começamos muito mal, mas comparado com o que veio depois isto não é nada, todos os dias eu tinha de me levantar as seis da manhã para despachar a minha irmã para a escola e arrumar a casa antes de sair e quando falo em arrumar a casa, falo em limpar o chão a pano desfazer as camas e voltar a faze las limpar o pó etc.Eu era tipo uma criada para ela além de que me escondia e lia as cartas que me eram enviadas trancava o telefone a cadeado e não me deixava ver televisão eu era uma prisioneira naquela casa, e a escola ainda era pior eu não me identificava com ninguém, mas consegui recuperar as negativas e no fim do ano passei para o nono ano. No entretanto fiz muitas queixas a assistente social e ao meu pai e ao meu irmão inclusive ameacei que me matava ou que fugia daquele inferno eu precisava do amor da minha familia e não da indeferença daquelas pessoas horriveis. No fim do ano lectivo voltei para casa é obvio que fiquei muito contente voltei para a minha escola e para as minhas amigas... Finalmente uma alegria ao fim de uns longos meses,a minha irmã foi para uma instituição no restelo e eu fui levando a minha vida junto do meu pai, pessoa de quem eu me fui aproximando mais e mais até recuperar os meus sentimentos por ele, bem não sei se recuperar será a palavra certa talvez seja criar. Mas algo muito mau estava para acontecer o meu irmão falecera num acidente de mota e eu fui a primeira a saber e tive de contar ao meu pai que desmaiou aos meus pés tive de dar a noticia a minha familia e tive de tratar de todas as burocracias inerentes a uma morte, ele tinha apenas 26 anos eu tinha 17 e foi no dia que a minha mãe faleceu precisamente 5 anos depois. Sofri muito não conseguia dormir a minha bengala foi o meu amor o meu marido que está comigo até hoje e que eu amo muito muito muito. Depois do meu irmão falecer mais uma bomba eu estava em outubro acabadinha de entrar no 12 ano e descobri que estava gravida, fiquei em pânico o meu marido ficou contentissimo para mim a minha vida estava virada de cabeça para baixo todos os meus sonhos tinham se desvanezindo, pensava eu....Escondi do meu pai até não poder mais mas contei a minha avó que me ajudou em conjunto com o meu marido a contar ao meu pai que me disse que já sabia não era assim tão parvo para não perceber. Deu me todo o seu apoio e disse que era preciso era nós nos entendermos e a criança vir com saúde fiquei super aliviada. (continua)

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